quarta-feira, 18 de março de 2009

Padre Chiquinho

Biografia do Monsenhor Francisco das Dores Leite, 75 anos de idade, 50 anos de sacerdocio, 40 deles a frente da igreja são judas tadeu, em santos e totalmente dedicados a obras sociais da comunidade. Padre Chico como é conhecido, torcedor do Santos é uma das figuras mais populares e queridas de Santos.


''Ingressei no Seminário porque desejava ser instrumento destacado no serviço ao próximo''.



O ideal do então menino de 11 anos — hoje monsenhor Francisco das Dores Leite, mais conhecido como Padre Chiquinho — foi plenamente atingido. Fiéis, religiosos e autoridades da Cidade que acompanham seu trabalho na Paróquia São Judas Tadeu, no Marapé, desde 1968, são unânimes quanto às suas ações em prol da comunidade.


Foi em 1943 que o pequeno Francisco deixou a família em Prainha — hoje Miracatu, no Vale do Ribeira — para dar início a sua formação religiosa. Naquele ano, veio para Santos cursar o pré-seminário. Um ano depois, tornou-se um dos fundadores do Seminário São José, em São Vicente. O jovem franzino provavelmente não imaginava que dali a 41 anos receberia o título de monsenhor, assinado pelo papa João Paulo II.

A trajetória de vida do Padre Chiquinho, hoje com 75 anos, é relatada no livro:


Padre Chico de Todos Nós, de autoria do jornalista e escritor José Carlos Donadão. O lançamento da obra acontece hoje, às 20h, no Centro Comunitário São Judas Tadeu.''Não vejo o livro como uma homenagem, mas uma declaração de amor. É assinado por mim, mas tenho certeza que endossado por toda a comunidade'', diz o autor. Ele revela que a publicação demorou mais de um ano para ser finalizada, sendo que nos seis primeiros meses o biografado não sabia da feitura da obra. ''Ele é muito humilde, sabia que ia tentar me dissuadir da idéia''.


E os primeiros contatados foram determinantes para o andamento do livro. Entre eles estavam seus irmãos, os monsenhores João Joaquim Clementino Leite e Joaquim Clementino Leite. Na família de 11 irmãos, quatro se tornaram padres e uma, freira. Apesar de apreciar uma boa diversão, Padre Chiquinho sempre foi muito estudioso. Era um jogador de futebol acima da média e tinha boa memória: venceu um concurso de poemas no seminário declamando de cor O Navio Negreiro, extenso poema de Castro Alves.


O bom aproveitamento no seminário rendeu a Francisco uma bolsa de estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, em 1952, onde tornou-se padre. Hoje, coloca em prática sua vocação na São Judas Tadeu, da qual é pároco há 39 anos.


Autor José Carlos Donadão é jornalista e escritor. Além da biografia de Padre Chiquinho, escreveu também o romance De Encontro ao Sol e os livros infantis Árvores que Encantam e A Árvore que Falava, todos pela editora Comunnicar.

fonte:

Sábado, 22 de Dezembro de 2007, 07:39
A TRIBUNA DIGITAL
Vida de Padre Chiquinho será contada em livro
Da Redação




Dados técnicos:


ISBN: 978-85-99561-48-5
Editora Comunnicar
Ano: 2008
Edição: 1ª
Formato: 14 x 21 cm
128 páginas
Preço: R$ 15,00


Contato com o autor:13 3224.8633

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Nunca desanime: transforme-se e supere os problemas



Francisco das Dores Leite, ou melhor, Padre Chiquinho, da Igreja São Judas Tadeu, do bairro Marapé, em Santos, recebeu a equipe do Projeto Adeus drogas. Há D eus! para dar sua palavra sobre problema tão sério da nossa sociedade, as drogas. Ainda se recuperando de uma dengue hemorrágica que o levou ao hospital em maio, Padre Chiquinho teve forças para falar de esperança, amor, Deus, como ele mesmo define, a fonte de tudo, para quem está envolvido no mundo das drogas.




Como o senhor vê a questão das drogas hoje?

Padre Chiquinho – É uma dificuldade, é um problema grave do nosso tempo e atinge a sociedade toda. Toda a sociedade tem de procurar fazer, cada qual ao seu modo, alguma coisa para superarmos esse problema. E há dois momentos: a do caso concreto, alguém que já está vítima desse problema; e há a prevenção, nós devemos pensar em como educar, como dar liberdade e até onde, como formar para a responsabilidade, para o respeito, o amor a si próprio, para que não aconteça esses desastres.

Se um dependente o procura, como o senhor encaminha?

Padre Chiquinho – Eu procuro antes de tudo ganhar a confiança. E acolher, sempre. Ela ou ele. Qualquer que seja o estágio, a situação, porque como padre eu acolho pessoas que vêm com vários tipos de problemas e em vários estágios. Alguns vêm desanimados, alguns vêm querendo sair, outros vêm conversar mas acham que não dá para sair. Eu penso que o meu papel é esse: primeiro me encontrar com a pessoa como a pessoa está. Acolhe-la. Que haja sempre esta possibilidade se é que isto pode ajuda-la, de ela ter um senhor aqui que a ouve com carinho, que a quer bem.

Como o senhor classifica a dependência química: é uma doença da alma ou física?

Padre Chiquinho – Olha eu acho que é um problema do todo. Eu penso que por trás dos problemas concretos há freqüentemente o seguinte, o sentido da vida. Quando a pessoa tem um ideal, o sentido da vida, então ela está mais fortalecida, não digo imune, quanto a esse tipo de problema, de inquietação, de perigo. Mas se a pessoa já caiu ela tem uma força onde se segurar, mesmo não pensando em Deus, um sentido da vida. Afinal, vamos desembocar em Deus, que é o sentido mais profundo (da vida). Mas mesmo que a pessoa não tenha essa percepção, de algo sobrenatural, mas que ela tenha um ideal, uma coisa bonita pela frente, uma vontade de uma conquista. Isso é muito importante. Parece-me.

Como a Bíblia trata a questão?

Padre Chiquinho – Eu penso que vale a pena lembrarmos que a Bíblia nos mostra Deus muito ligado exatamente à palavra vida. A realidade vida. Por exemplo, sobre os mandamentos. Primeiro, os rabinos contavam centenas de mandamentos, uns falam de 600, outros de 700. E havia mais outras restrições, outras proibições. Bom, deveres e obrigações. São centenas. Depois a Bíblia condensou, no livro do Êxodo, em dez. Jesus quando tem o diálogo a respeito de mandamento, ele cita seis. Veja que vai diminuindo. São centenas, dez, Jesus fala de seis. O próprio Jesus, mais adiante, quando perguntam qual é o maior, ele cita dois. E o próprio Jesus, no Evangelho de João, vai dizer o meu mandamento, quer dizer é um só, é amar ao próximo. Esse amor ao próximo afinal é isso: a gente procurar a vida da gente no outro. Naquela lista dos dez, o mandamento central é o quinto é não matar. Não matar para mim é "cultive a vida". Veja como isso bate com a linha de Jesus. O Evangelho de João, capítulo décimo, versículo décimo, Jesus vai dizer: "Eu vim para que todos", olha, sem discriminação, "tenham vida", agora olha a qualidade da vida, "e a tenham em plenitude". Alguns traduzem em "abundância". Eu traduziria em vida gostosa de viver. Veja, a vida, a Bíblia batalha pela vida, porque você lutando pela vida você está lutando por Deus. Deus é o centro, a fonte, a sustentação da vida. Deus é o sentido da vida.

E a droga vai contra a vida...


Padre Chiquinho – A droga vai, primeiro, contra esta vida que nós temos aqui porque ela (a droga) tira da vida e a pessoa vive num sonho. Eu conheço garoto que tinha qualidades artísticas extraordinárias, compunha, tocava vários instrumentos, lia demais, caiu nas drogas, não tem mais interesse. Por que? Porque está vivendo uma realidade mais interessante que esta aqui, uma realidade que é só imaginária, fantasmagórica, que não tem fundamento. Portanto, que tira a pessoa de curtir a vida realmente, faz viver uma ilusão. Isso não é vida.

Qual a melhor palavra que o senhor falaria para uma pessoa que está envolvida com as drogas e quer se libertar?

Padre Chiquinho – Confiança, esperança. Nunca desanime. Há pessoas que batalham nessa área e que dizem "chega um momento que não há saída". Onde houver vida há possibilidade de transformação e superação. Sempre, sempre, sempre, esperança. Por que esperança? Deus, Deus, Deus. Mesmo que eu seja o pior dos seres humanos, o mais infeliz, o mais maldoso, eu sou amado por Deus e ele está em busca de mim. Mesmo que eu não acredite nele, ele aposta em mim.

Um comentário:

  1. Tive o grande prazer de trabalhar com o hj Monsenhor Joaquim Leite conhecir de perto os 3 irmãos ........Hj já ñ lembran mais de min, mais são pessoas maravilhosas eles realmente são 3 grandes benções de DEUS aqui na terra , tenho um grande carinho é respeito por tdos eles. Padre Chiquinho e o casulinha dos três.....saudades bons tempos q ñ voltam mais.

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